<div align="center"><!--sizeo:6-->[size=175]<!--/sizeo-->O LEGADO<!--sizec-->[/color]<!--/sizec--> <!--sizeo:1-->[size=50]<!--/sizeo-->por skilz0ne<!--sizec-->[/color]<!--/sizec-->
[left]Bem antes de mais quero dizer que é muito importante para mim ler a vossa opinião sobre esta minha \"história\". Isto porque estou a pensar seriamente em publica-la...talvez não tenha qualidade suficiente para isso, mas isso logo se verá no fim. Contudo a vossa opinião por pior que seja será essencial para eu melhorar e consecutivamente a história também melhorar.
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A história trata de um rapaz, de seu nome Helius, que do dia para a noite se vê envolvido num mundo que apenas julgou pertencer aos contos de fada. Vai viver com a magia bem de perto e vai se aperceber que é alguém muito poderoso, mais do que ele próprio alguma vez sonhou.
Uma história que mistura a Terra o Céu o Inferno, em que tudo se resume ao bem e ao mal, será que tu vais resistir?
Prazo de conclusão: Dezembro 2008.
(PS: As estrelas no meio dos textos é para vos orientar a leitura, caso estejam \"fartos\" ou tenham que por algum motivo desligar-se, achei que era algo interessante para substituir os marcadores dos livros reais)
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Capítulo I (95% concluído - Faltando apenas a revisão ortográfica e de algum conteúdo)
Estava no meio de uma rua, pessoas passavam por ele sem sequer lhe dirigirem um olhar, olhou para todos os lados e apenas viu o que costumava ver sempre que fazia aquele caminho, a rua estava ladeada de prédios de ambos os lados, nesses prédios moravam milhares de pessoas que escolhiam aquela hora para regressar a casa.
Mas Helius tinha o pressentimento que estava a ser seguido, continuou o seu caminho, umas vezes em passo lento outra vezes acelerado, olhando várias vezes á sua volta para ver se via alguém.
No meio da sua distracção embateu contra um velhote que transportava uma mala pesada, quando embateu no chão fez um grande estrondo, mas nem por isso as pessoas desviaram a atenção do seu caminho. Ajudou o velhote a apanhar a mala e pediu-lhe imensas desculpas mas este limitou-se a bater com a sua bengala nas canelas de Helius e sair dali a praguejar contra a juventude que não via por onde andava.
Helius sentiu uma grande raiva contra aquele velhote, agora que a dor nas canelas se alastrava para o resto do corpo, sentiu dificuldades em andar, continuou mais devagar do que poderia desejar, continuava com a sensação de estar a ser seguido.
E foi então que ao voltar-se para trás julgou ver o seu perseguidor, era um homem com uma cabeleira ruiva e com um olhar de meter medo ao mais corajoso, olhava para ele atentamente e quando Helius o olhou desviou automaticamente o olhar, levando a mão ao bolso, como se fosse tirar de lá uma arma.
Quando Helius viu este movimento desatou a correr, enfiou-se por um beco escuro e cheio de lixo, metade dos prédios estavam em ruínas, ignorou a dor nas canelas e continuou a correr, já estava quase a chegar ao fim, já via as pessoas a passar na rua quando á sua frente se materializou um homem, o mesmo homem de cabelo ruivo, Helius não lhe conseguia ver a cara, um raio de sol irrompeu pelo beco e Helius viu o homem a levar a mão ao bolso pela segunda vez.
Helius nem teve tempo para reagir, apenas se limitou a passar uma vista de olhos pela sua vida, isto numa questão de segundos, ouviu um estampido como o de uma bala e sentiu-se a ser projectado para trás, fechou os olhos como se estivesse a morrer…
E acordou, estava tudo escuro, Helius tinha acabado de ter um pesadelo, lembrava-se de tudo, um homem a persegui-lo, uma arma de fogo e ele a cair para trás morto. Demorou alguns minutos a recompor-se, tremia com aquele pesadelo. Era estranho Helius já tivera muitos pesadelos mas nunca um tão real como este, andou com os pensamentos á roda durante uns longos minutos que pareceram horas e por fim lá adormeceu.
Foi acordado de manhã por um estrondo, sobressaltado acordou, parecia que o seu pesadelo continuava mas não, tinha sido apenas a irmã mais nova a deixar cair qualquer coisa mesmo ali á beira do quarto. Ouviu gritos da irmã a chamar a mãe e por fim ela lá se calou. Helius esfregou os olhos com pouca convicção, aquele sem dúvida que seria um daqueles dias. Daqueles que mais valia não acordar, e Helius tentou continuar a dormir mas sabia que mais tarde ou mais cedo iria acordar e lá se resignou a levantar-se.
Foi em passos lentos ate á casa de banho, olhou-se ao espelho uma imagem de um rapaz com cerca de 18 anos, parecia um tanto ou quanto desmazelado, devia medir uns bons 1,90m mas era magro que nem um palito. O seu cabelo era estranho, muito estranho aliás. Helius sempre fora gozado por ter aquele cabelo, quem é que no mundo nascia com um cabelo castanho esverdeado? Não conhecia ninguém pelo menos. Os seus olhos eram da mesma cor, embora de vez em quando, principalmente no Verão, ficassem com uma cor amarelada.
Mas naquele dia outro rosto que não o dele espreitava por trás do espelho, estava com um mau aspecto, olheiras, olhos raiados de vermelho, o cabelo nem parecia o mesmo.
Tentou lavar-se e disfarçar aquele aspecto mas por muito banho que tomasse sabia que estava era a precisar de uma boa noite de sonho e sem pesadelos para resolver aquilo.
Quando viu que todas as suas tentativas para melhorar o aspecto tinham sido inúteis lá se decidiu a descer as escadas e tomar o pequeno-almoço.
Entrou pela cozinha e sentou-se no banco do costume, ia dar os bons dias quando a irmã começou a rir-se com o aspecto que ele tinha, Helius tentou esconder a cara antes que a mãe a visse mas não foi a tempo, a mãe quase que deixou de cair o copo de leite que tinha nas mãos.
- Hel, que cara é essa? – Perguntou a mãe num tom preocupado.
- É a minha cara do costume, apenas tive um pesadelo – respondeu Helius muito rapidamente.
- Estás bem? – A mãe continuava com aquele tom preocupado.
- Sim estou óptimo, apenas com fome – disse Helius num tom que julgou ser o adequado.
- OK, vou fingir que acredito – A mãe voltou-lhe as costas.
Helius ficou a observar as costas da mãe, ela tinha sido uma mulher muito bonita, mas nos últimos tempos tinha envelhecido bruscamente. O motivo só poderia ser a morte do pai e do irmão, vieram-lhe as lágrimas aos olhos quando pensou isso.
A 11 de Setembro do ano passado o pai e o irmão de Helius tinham desaparecido da face da terra, bem como o carro onde seguiam. Os corpos e o carro nunca foram encontrados, mas lá no fundo todos sabiam que eles tinham morrido. O relatório da polícia era vago mas contava com uma testemunha que afirmava ter visto um carro como aquele despistar-se e cair de um precipício.
O irmão e o pai tinham ido fazer montanhismo um desporto que toda a família gostava, Helius estava doente e não pode ir nesse dia bem como a irmã e a mãe que preferiram ficar em casa a ver um filme qualquer. Muitas vezes Helius pensava que mais valia estar naquele carro do eu estar a passar por aquela situação.
Helius fez um movimento com a mão como que a dispersar os maus pensamentos, já tinha lágrimas nos olhos, para que a mãe não o visse a chorar correu para o seu quarto pegou no caderno e no resto do material e saiu sozinho de casa.
Já ia a meio da rua quando estancou, olhou para trás e desatou a correr, nunca tinha saído de casa sem se despedir da mãe, era quase uma ofensa para ela por isso decidiu voltar atrás e despedir-se.
Claro que a mãe o olhou com um olhar reprovador, mas Helius lá pensou que ela no fundo nem se importou muito, no fim de contas já andava a dar-lhe um beijo de despedida desde que entrou na escola primária.
Bem com tantos atrasos não foi de admirar quando olhou para o relógio e viu que não tinha tempo para chegar á aula. Ficou a pensar o que haveria de fazer. Lá se decidiu por ir dar um passeio e depois voltar á escola para a próxima aula, ainda pôs a hipótese de interromper a aula a meio mas desistiu. Com o professor Charlie ninguém brincava, devia ser das criaturas mais autoritárias a face da terra e a classe de Helius tinha-lhe mais medo do que respeito.
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Lá ia ele muito bem a meio do seu passeio, quando teve a sensação de já ter passado por aquela rua, claro que já tinha. Era a rua por onde ele passava todos os dias para ir para casa.
Mas algo começou-lhe a inquietar a mente, aquela era a rua do seu pesadelo, viu os prédios, e tal e qual como no sonho estava no meio de um mar de gente. Olhou á volta com uma sensação de estar a ser seguido tal e qual como no pesadelo
Caminhou mais rápido e com os pensamentos a fervilhar, não podia ser, tinha sido apenas um pesadelo, pura imaginação, nada mais. Ninguém estava a segui-lo era só a sua imaginação a trabalhar, além do mais já devia ter sonhado inúmeras vezes com aquela rua, era um local que ele passava diariamente.
Estava tão embrenhado nos seus pensamentos que foi chocar contra um velhote, o mesmo do seu pesadelo, reconheceu-o pela mala pesada.
Foi então que ao contrário do que sucedera no pesadelo, Helius resolveu começar a correr e a gritar socorro. Contudo algo muito estranho devia estar a passar-se. Deixou de ouvir ruído, aliás não conseguia ouvir nada, era como se ele estivesse ficado surdo-mudo de repente.
Redobrou a passada, correu o mais que podia e enfiou-se pelo beco escuro do seu pesadelo quase sem dar por isso.
Lá estava ele, estava quase a alcançar a luz do dia, faltava apenas passar por dois prédios, reparou que um tinha a porta entreaberta e julgou ter visto um olho a espreitar por ela. Mas não ligou, deu um último esforço e quando julgou que já o tinha transporto, abriu os olhos.
Se já não o tivesse visto no pesadelo, cairia redondo no chão. Lá estava o homem de cabelo ruivo e mais uma vez ele levou a mão ao bolso, ouviu-o murmurar umas palavras, mas Helius não conseguiu distinguir nenhuma palavra da sua língua, fechou os olhos preparando-se para ouvir um som que nunca tinha ouvido, o som de um tiro.
Mas nada aconteceu. Apenas passaram alguns segundos mas Helius julgou serem horas, quando voltou a abrir os olhos estava dentro de um dos prédios.
Ao seu lado um homem com estatura mediana e com cabelo cor de prata olhava para ele. E Helius olhou para ele e quase caiu para o lado. Os olhos do sujeito eram diferentes, nunca tinha visto uns olhos assim. Parecia que através deles se conseguia ver um céu estrelado embora estivessem em pleno dia.
Devia estar a usar umas lentes modernas, pensou Helius para si próprio.
O homem desviou o olhar de Helius e concentrou-se no que se passava lá fora, e Helius fez o mesmo, rodeando a porta do prédio podia-se ver dois homens de cabelo ruivo, não lhes conseguia distinguir a cara devido á escuridão, contudo seguravam um "pau grande" que estava a arder.
Passado alguns segundos percebeu que se tratavam de bastões e que eram afinal vermelhos, ou pelo menos algo que circulava neles era vermelho.
O homem ao seu lado também olhava atentamente para os sujeitos lá fora quase a esperar que eles fizessem alguma coisa. Helius não estava a perceber nada daquilo, só podia ser uma continuação do seu pesadelo, na verdade ainda não deveria ter acordado, beliscou-se e sentiu uma dor aguda, estava acordado e bem acordado.
Olhou outra vez lá para fora e viu os homens, continuava com os bastões vermelhos mas agora apontavam-nos para a porta do prédio. E tudo se passou tão rápido que Helius não teve tempo de perceber. Viu uma bola de luz vermelha partir dos dois bastões simultaneamente. Dirigiam-se á porta a toda a velocidade.
Helius baixou-se por instinto e tapou a cara com as mãos. Passado mais alguns segundos arriscou-se a levantar a cabeça. Olhou para a porta, ela parecia continuar intacta.
Olhou lá para fora e viu as bolas vermelhas a pairar a alguns centímetros do local que deviam ter atingido. Algo as fazia ficar a pairar no ar estáticas. Olhou mais atentamente e pensou conseguir distinguir uma espécie de parede, quase que se confundia com o cenário lá de fora, mas realmente algo estava ali.
Olhou fixamente para o homem ao seu lado e viu que este murmurava palavras. Então o homem cruzou o olhar com ele e disse:
- Helius, quando eu contar até três saímos os dois daqui a correr, não pares nem olhes para trás. Temos que aproveitar enquanto só estão aqui dois deles.
Helius acenou debilmente com a cabeça, ainda não estava certo daquilo não se tratar de um pesadelo.
Mas a voz do homem ao seu lado quebrou-lhe os pensamentos. A voz chegava-lhe de longe mas conseguiu ouvi-la quando disse simplesmente, três.
Olhou e viu as bolas de luz dispararem em direcção aos homens ruivos. Nesse momento a porta explodiu com um estrondo.
Helius saiu a correr, e o homem seguiu. Helius não resistiu à tentação de olhar para trás e pode ver que os dois homens de ruivo estavam estendidos no chão. Um dos bastões estava rachado e a energia que ele continha saia de lá a grande velocidade.
Estava prestes a gritar vitória quando mais dois homens surgiram à sua frente. O homem mistério que o seguia apontou o indicador para um deles e murmurou rapidamente umas palavras imperceptíveis para Helius.
Do indicador do homem um jacto de luz prateada voou em direcção a um dos homens e este explodiu, desfazendo-se em cinzas.
Mas o outro foi mais rápido e com um movimento da mão conseguiu vergar o homem misterioso de joelhos. Parecia estar cheio de dores. Helius não sabia o que fazer.
E então o homem ruivo olhou para ele e começou a rir. Riu durante cerca de trinta segundos mas que mais pareceu uma eternidade. Então apontou a mão para Helius e disse simplesmente:
- Tu vens comigo.
- Não – Helius não sabia bem o porquê de recusar não conhecia aqueles homens de lado nenhum mas pareciam-lhe ter algo de muito mau.
Recuou alguns passos a retaguarda, tento talvez escapar. Olhou para trás e só viu escuridão. O homem aproximou-se. Helius não conseguia mover nem um músculo, e o homem continuava a aproximar-se.
Então como que por instinto, Helius apontou o indicador para o céu e disse palavras que nunca tinha dito na vida.
E um relâmpago caiu do céu, e atingiu o homem de ruivo que ficou a arder durante uns segundos até desaparecer por completo.
Helius ainda estava a olhar estupefacto para o seu indicador, quando o homem misterioso lhe pegou por um braço e empurrou-o para a luz do dia. Juntos transpuseram o beco escuro para algo mais claro e luminoso. Mas não era definitivamente uma rua.
Helius sentiu-se a cair, como se tivesse a viajar num portal para outro mundo, ou muito se enganava ou era mesmo isso que estava a acontecer.