Tua boca a pérola e a ostra
A caverna nacarada a louça
Em que me sirvo e sorvo
Com deleite o leite do amor
E desço desfaço-me em teu pescoço
Deslaço os gestos sem controlo
E fecho os meus olhos adivinhando o calor
Do teu sopro gracioso alvor
Não me dês do veneno não me dês
Esconde o sereno arrebol do teu rosto
O escol de minha vaidade o estremeço
Não me dês o mel condescendente dos teus olhos