<div align="center">Delonga</div>
Sinto medo,
Tremores constantes.
Olhos temerosos,
um aperto,
um arrepio,
uma incerteza.
Minha mente,
Abalada, adulterada, enublada,
sem segurança,
sem chão,
incerta.
Faltas-me.
Espero,
longos momentos.
Conto, reconto,
revejo planos.
Encho o peito,
novo aperto.
A atroz dor da ausência.
Sinto frio,
olho, vejo o sol.
Vejo nos outros,
o simples andar.
Passeios tranquilos,
conversas animadas,
planos felizes.
Sinto-me roubada.
Sem chão,
sem lucidez,
sem planos.
<div align="center">Advento</div>
E então chegas,
segura no teu abraço,
Um aperto quente,
Atroz urgência de te ter.
Arrepio quente.
Encontro-me,
pertenço-te.
Usufruo de cada prazer que a tua vinda me traz.
Sôfrega,
afogo-me no teu aroma,
deleito-me.
<div align="center">Abalada</div>
A incerteza de um reencontro,
Nova espera.
Novo ciclo.
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<div align="right">MGL, Setembro 2009
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