A faca afiada degola
o pescoço do porco
o sangue escorre e cai
no balde o porco grunhiu grunhiu
o seu berro penetrou o cérebro
de todos mas agora o porco
cala-se, sucumbindo à força do aço
Os pelos ardem sobre o calor das chamas
as crianças riem nas mesas o vinho roda
por todos pondo sorrisos na cara de quem sofre
há sempre alegria em momentos de dor
O vinho roda e o porco arde na brasa e sorri
lembrando-se de quando era um leitão.
Sonhando ser um javali.