Espaços vazios.
Enchêmo-los com silêncios descoloridos e olhares mudos. Planeámos as linhas curvas do nosso futuro inspirados nas autovias do progresso mas deixámos os sonhos desabarem como castelos de fumo, suavemente rolando pela colina das nossas desilusões.
Em redor os símbolos ostentam significados que escapam aos olhares. Invisíveis as teias da concordância a prenderem-nos em ciclos inexoráveis.
Tu seguiste o teu caminho na vereda do silêncio. Eu persegui o sonho até que o nevoeiro me toldou a visão. Quebrado, deitei-me com as memórias e acordei com a ausência.
Tudo o que eu precisava era do porquê. Tudo o que me deste foi o limbo.