Cayatte, volta, está tudo, mas tudo, perdoado....

Num país civilizado, o responsável por uma capa destas ia preso. Ou, se o juíz fosse demasiado leniente, era triplamente sodomizado em praça pública.
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O nome da autora está mal grafado. Perde um L, certamente por efeito do acordo ortográfico que fez perder as consoantes mudas e a vergonha de quem o aplica. O título, para além de deselegante, é um erro básico de português. Se não querem traduzir Guilty Pleasures por pequenos prazeres inconfessáveis, ao menos traduzam por Prazeres Inconfessados.
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se calhar é mais simples dizer que nos quinze volumes que li a moça foi para a cama com vampiros, lobisomens, demónios, metamorfos das mais variadas facções, aos dois ou três de cada vez e nas mais engenhosas combinações, mas nunca, nunca que conste, foi para a cama com um homem. Porra, já sabemos que na Gailivro ninguém lê os livros que publicam, mas não façam as coisas assim tão às abertas.
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Não interessa dizer nada, porque esta capa é apenas mais um sintoma da prostituição (pun clearly intended) a que o Fantástico tem sido submetido nesta era pós-Meyer.
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Já agora, e para que não me acusem de não ser construtivo, aqui deixo a minha sugestão para a capa da biografia da Madre Teresa de Calcutá:
