Era um belo dia de Verão. Nuvens enchiam o céu de um modo obscuro. O vento limpava as estradas de uma cidade deserta. Talvez por ser Verão, e toda a gente ter ido de férias na mesma semana, ou porque simplesmente chovia. O parque, da cidade, no entanto, estava bastante animado. As estátuas estavam numa excitação efervescente, ainda que não se notasse. As plantas faziam incontáveis vénias aos jogadores, ainda que na direcção errada. A chuva esbarrava no chão desatenta. Gonçalo não se conseguía concentrar, detestava chuva. O som irritante que esta produzia ao chocar contra algo. A sua defesa siciliana desmanchava-se à medida que o exercito inimigo avançava. Se a situação não se alterasse, certamente perderia a partida. O cheiro da derrota pairava no ar. Foi então, que numa jogada genial, André, acabou com o jogo. Um xeque-mate ecoou pelo parque, seguindo de um riso maléfico. E foi assim, apenas com o mexer de uma insignificante peça, que a personagem acabou não só com o dito jogo, mas também com este conto.
Venom