Postby Samwise » 02 Aug 2006 16:01
Não consigo dizer exactamenta o porquê, mas gostei muito deste poema.
Parece o retrato de uma celebração de outrora, de um tempo coberto por uma certa poeira totalitária, em que um simples sopro basta para colocar a população em sentido.
Faz-me lembrar uma missa depois de uma guerra sangrenta.
Faz-me lembrar uma memória colectiva dilacerada, a que já nem o sentido de si própria resta.
Ordie, por falar em abstrações... parece-me que este texto está repleto de imagens abstratas (que talvez só para ti façam algum sentido).
Uma questão:
"ordenou que tirassem a cruz
metálica cujo bronzear
nada parede ainda persiste;"
Neste segmento, a palavra "nada" está lá propositadamente? Soa mal...
Sam
Guido: "A felicidade consiste em conseguir dizer a verdade sem magoar ninguém." -
8½ Nemo vir est qui mundum non reddat meliorem?My taste is only personal, but it's all I have. - Roger Ebert
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